domingo, 13 de abril de 2014

Porque desastres acontecem num dia comum, como outro qualquer. Você se despede de quem ama como se fosse mais um dia, como outro qualquer, mas um dos dois não volta pra casa. Imaginar que o impensável vai atingir você ou sua família não passa pela sua cabeça, porque, afinal, o desastre é aquele que assistimos na televisão e não o que vivemos em nossa alma, em nossa vida.
Mas desastres acontecem sim, num dia como qualquer outro e a vida vira de cabeça pra baixo e nunca mais será como um dia foi.
Aprender a se (re)construir sem as referências, sem a chegada de quem se ama, conviver com o nunca mais é das dores mais excruciantes que pode existir.
O luto é isso, uma das (senão a maior) reação de estresse que um ser humano pode viver. 
Luto agudo é dor física, Dói o peito. Dói o corpo, Dói a alma. Dói viver.
Luto traumático é perda de sensos importantes para o funcionamento saudável do equilíbrio interno, por segundos, minutos, horas ou dias, ficamos desorganizados a ponto de desorientar, esquecermos quem somos e para onde vamos. 
Luto traumático é perda do sentido da essência da vida por dias ou horas - das mais compridas e eternas.
Luto traumático é busca de sentido para voltar a ter sentido.
Luto traumático é dor aguda em dose cavalar.
Porque num dia como outro qualquer a vida muda e dá medo e receio pensar que isso é verdade.
Diga sim que ama quem você ama. Viva sim o hoje porque simplesmente ele é mais importante que o ontem. Tome decisões com coragem mesmo com medo de errar. Torne sonhos realidade e viva como se a felicidade precisasse de você e você dela.
Porque num dia simples, normal, como um outro qualquer...
(Erika Pallottino - Instituto Entrelaços)

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