terça-feira, 4 de março de 2014

http://mariadapoesia.blogspot.com.br/

Esse é o link de um blog lindo, belo, suave e denso. Quem escreve por lá é uma poetisa, Maria Rezende.
Escreve sentindo, escreve pulsando, escreve encenando.
Algumas pessoas escrevem e ponto. Faz sentido.
Algumas pessoas tornam a escrita a forma possível de sentir à vida.
Maria é uma dessas pessoas.
Eu e Maria temos uma coisa em comum: por uma dessas coincidências do destino (e eu adoro essas surpresas), conhecemos uma pessoa em comum - o nome dele: Tonho Gebara.
Um excelente artista, alma sensível, guitarrista de alma, cabelos no rosto, tipo diferente, manso, delicado, easy.
Tonho morreu, repentinamente, de um problema no coração. Jovem, no auge, assim, sem mais nem menos, morreu. Deixou saudades, acredito, em muitos que gostavam de sua música, de sua presença de palco autêntica, de sua melodia suave, do sorriso camarada.
Maria escreveu um lindo poema homenageando o amigo, uma declaração de amor. Ela conseguiu dizer em forma de letra, sobre amar e perder, sobre estar e ir, sobre a morte e a vida.
(Erika Pallottino - Instituto Entrelaços)

"Morrer podia ser só um pouquinho
Podia ser um passeio
Uma viagem pela noite que acabasse no café

Morrer como uma aventura
Uma montanha
Andar a pé o deserto depois voltar

Como dançar de olho fechado
Se perder num outro corpo
Como uísque bom, um sono inteiro, um prazer, um cheiro

Morrer podia até ser um castigo
Porta fechada com prazo de fim
Mas não esse buraco, esse abismo
Seu riso pra sempre perdido
Sua música soando em mim"
(para Tonho Gebara - por Maria Rezende)




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