sábado, 1 de março de 2014



Mobilizada por um atendimento clínico de luto venho estudando muito sobre esse caso.
Tento entender o que faz eco neste encontro terapêutico. Encontro esse, cheio de potência.
Por que certos atendimentos mobilizam mais que outros? Isso acontece sim na clínica, e é sempre importante a nossa percepção do que se passa. Fazemos análise e supervisão (eu faço as duas) para que os nossos pontos cegos (sim, todos nós temos) não nos deixe sem escuta.. Mas ainda que se tenha cuidado e amparo técnico, as vezes acontece.
Lendo Marialzira Perestrello, em seu sensível livro, "Cartas a um jovem psicanalista" e estudando sobre os encontros terapêuticos, paro numa frase cheia de sentido.
Achei interessante transcrevê-la aqui:
"O objeto de estudo é o Nós - aquela relação que na sala de análise se estabeleceu entre duas pessoas, até então desconhecidas."
Não sou psicanalista mas leio psicanálise e o encontro, também potente, com esse livro, tem me ajudado bastante neste caso difícil.
O Nós pode ser transformador, para quem escuta e para aquele que discursa.

(Erika Pallottino - Instituto Entrelaços)

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