Mulheres são sensivelmente sensitivas e reflexivas, escutam e ressoam, borbulham e explodem, implodem e deprimem.
Mulheres têm TPM, têm hormônios que circulam e as modificam diariamente.
Mulheres vivem em rodas gigantes e montanhas russas emocionais, sorrindo, chorando, vivendo e tentando elaborar o mundo que vivem.
Mulheres são mães, e mães perdem filhos; mulheres se casam e ficam viúvas... algumas se tornam ainda mais mulheres. Diante da dor, sentem-se leoas, querem viver e sofrer a dor na coragem da realidade de sua perda, não se escondem e não negam o sofrimento.
Mulheres se tornam fortes e maciças diante da dor.
Mulheres também quebram, desmontam, viram pó, porque a dor pode encolhê-las, murchá-las, desandá-las.
Mulheres, definitivamente, são seres diferentes.
Mulheres tiram a roupa, colocam o peito de fora e brigam pelo feminismo, na mesma intensidade que colocam a sua mutilação exposta em prol de outras mulheres, ajudando-as a ficarem atentas ao câncer de mama.
Mulheres tornam mutilações marcas de vida, registros do sofrido, tatuagem permanente de capacidade, de dignidade, de possibilidade.
Mulheres não são comuns, não são iguais, nem em suas fragilidades, nem em suas vitórias.
Mulheres são seres diferentes, só quem é, sabe!
(Erika Pallottino - Instituto Entrelaços)
Instituto Entrelaços - Apoio ao Luto e Emergências Corporativas
Nenhum comentário:
Postar um comentário